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Os Ecos da Floresta: Terror e Suspense

Os Ecos da Floresta: Terror e Suspense



Capítulo 1: O Convite

Matheus olhou para a mensagem no grupo de amigos:

"Vamos acampar na Floresta das Brumas neste fim de semana? Dizem que o lugar é assombrado!"

A sugestão vinha de Ricardo, o mais aventureiro do grupo. Lucas, sempre cético, respondeu com um emoji de rolo de filme, sugerindo que tudo não passava de lenda. Já Ana, a mais sensível do grupo, hesitou.

— Eu ouvi histórias estranhas sobre aquela floresta… — ela comentou, voz baixa.

— Exatamente por isso temos que ir! — Ricardo insistiu. — Além do mais, é só boato. Nada de verdade.

Matheus, embora receoso, concordou. A ideia de uma aventura diferente, longe da rotina da cidade, soava tentadora.

Mal sabiam que alguns boatos existem por um motivo.


Capítulo 2: A Chegada

O carro avançou pela estrada de terra, árvores altas cercando-os como guardiões silenciosos. O ar ficou mais frio conforme se aproximavam da floresta, e uma névoa fina pairava entre os troncos.

— Que lugar sinistro… — Ana murmurou, encolhendo-se no banco.

— Relaxa! — Ricardo deu uma risada, mas até ele parecia menos confiante agora.

Eles montaram o acampamento perto de um riacho, onde a luz do sol ainda conseguia penetrar. Enquanto armavam as barracas, Lucas brincava com uma lanterna, projetando sombras nas árvores.

— Olha, fantasmas! — ele zoou, fazendo Ana estremecer.

Mas então, algo respondeu.

Um sussurro.

Fraco, quase imperceptível.

— Vocês ouviram isso? — Matheus parou, os pelos do braço arrepiados.

Todos ficaram em silêncio. O vento balançou os galhos, e por um momento, parecia que a floresta suspirava.


Capítulo 3: Os Primeiros Sinais

À noite, ao redor da fogueira, os sons da floresta se intensificaram. Estalos de galhos, farfalhar de folhas… coisas que poderiam ser animais. Mas havia algo mais.

— Parece que estamos sendo observados — Ana disse, olhando fixamente para a escuridão.

— São só sua imaginação — Lucas respondeu, mas sua voz não soava tão convicta.

Foi então que a lanterna de Ricardo apagou sozinha.

— Merda! — Ele sacudiu o objeto, mas ela não acendia.

Uma risada ecoou na floresta.

Aguda. Inumana.

Todos congelaram.

— Isso… isso não foi um de nós — Matheus falou, o coração acelerado.

A fogueira se apagou de repente, mergulhando-os na escuridão.


Capítulo 4: O Que Vive na Floresta

Eles correram para as barracas, mas os zumbidos e sussurros só aumentavam. Vultos se moviam entre as árvores, formas indistintas que pareciam se dissolver na névoa.

— Temos que sair daqui! — Ana gritou, em pânico.

Mas quando tentaram seguir de volta para o carro, o caminho havia sumido. As árvores pareciam ter se rearranjado, formando um labirinto sem saída.

— Isso é impossível… — Lucas tremia.

Foi então que Matheus viu.

Entre os troncos, uma figura alta, esquelética, com olhos que refletiam a luz da lua como um animal noturno. Ela se moveu de forma estranha, como se seus ossos não obedecessem às leis da natureza.

— Vocês não deviam ter vindo… — a voz saiu de todos os lados ao mesmo tempo.

E então, os gritos começaram.


Capítulo 5: O Eco dos Perdidos

Dias depois, um grupo de busca encontrou o acampamento abandonado. As barracas estavam intactas, mas os pertences dos amigos estavam espalhados, como se tivessem fugido em desespero.

Nenhum corpo foi encontrado.

Mas às vezes, nas noites mais quietas, os moradores das redondezas juram ouvir vozes na floresta.

Risadas.

Sussurros.

E, se você prestar atenção, pode até distinguir as palavras:

"Você é o próximo."


Fim.

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