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O Herói Acidental: As Desventuras de Zé do Pão

O Herói Acidental: As Desventuras de Zé do Pão

Capítulo 1: O Começo (ou o Fim?) de Tudo


Zé do Pão era um homem simples. Dono de uma padaria meia-boca no subúrbio, ele vivia uma vida pacata, preocupado apenas em evitar que seus pães ficassem duros como tijolos. Seu maior talento? Queimar torradas com uma precisão cirúrgica.


Mas tudo mudou numa tarde quente de terça-feira, quando um pacote misterioso foi deixado em sua porta. Dentro dele, não havia pães mágicos nem receitas secretas, mas sim… um frango de borracha. Sim, um frango. Amarelo, bico laranja e um olhar que parecia julgar todas as decisões ruins da vida de Zé.


Sem entender nada, Zé guardou o frango no balcão e seguiu sua vida. Até que, naquela noite, dois homens de terno preto e óculos escuros invadiram sua padaria.


— Onde está o artefato? — perguntou o mais alto, com voz grave.


— Que artefato? Aqui só tem pão dormido e um frango de borraça! — respondeu Zé, confuso.


Os homens trocaram olhares e, então, o mais baixo sacou um… raio laser?


— O frango é nosso!


Capítulo 2: A Fuga (ou a Corrida Mais Patética da História)


Zé não sabia por que diabos alguém quereria um frango de borracha, mas uma coisa era certa: ele não ia entregá-lo sem lutar. Com o frango debaixo do braço, ele saiu correndo pela rua, perseguido pelos dois agentes misteriosos.


O problema? Zé não corria desde a época do colégio, quando fugiu da aula de educação física. Em menos de dois minutos, ele estava ofegante, segurando uma árvore como se fosse sua única âncora de salvação.


— Pelo amor… de Deus… eu só… vendo pão! — gritou, entre suspiros.


Foi quando uma moto freou bruscamente ao seu lado.


— Entra! — ordenou a motociclista, uma mulher de cabelo roxo e jaqueta de couro.


Sem pensar duas vezes, Zé pulou na garupa (ou melhor, caiu de qualquer jeito) e segurou-se nela como um gato assustado em um poste.


— Quem… quem é você?! — perguntou ele, ainda tentando entender por que sua vida tinha virado um filme de ação ruim.


— Meu nome é Valquíria. E você, Zé, acabou de se tornar o homem mais procurado do mundo.


Capítulo 3: A Revelação (ou a Piada Mais Sem Graça do Universo)


Valquíria levou Zé para um esconderijo secreto que, na verdade, era um trailer atrás de um ferro-velho. Lá, ela explicou a verdade: o frango de borracha era, na realidade, um dispositivo criado por uma organização secreta para controlar… as galinhas do mundo.


— GALINHAS?! — Zé quase caiu da cadeira.


— Exato. Quem controla as galinhas, controla os ovos. Quem controla os ovos, controla o café da manhã. E quem controla o café da manhã… controla o mundo.


Zé olhou para o frango, que agora parecia sorrir maliciosamente.


— Então você está me dizendo que eu estou fugindo da CIA, de agentes secretos e de um monte de gente maluca… por causa de um frango de brinquedo?


Valquíria assentiu, séria.


— Basicamente… sim.


Capítulo 4: O Plano (ou a Ideia Mais Idiota de Todos os Tempos)


Agora, Zé e Valquíria precisavam impedir que o frango caísse nas mãos erradas. O problema? Eles não tinham treinamento, armas ou qualquer noção do que estavam fazendo.


— Temos que ir até o laboratório onde o frango foi criado e destruí-lo — disse Valquíria.


— Ótimo! E como fazemos isso? — perguntou Zé.


— Não faço ideia.


Foi então que Zé teve um estalo.


— Se esse frango controla galinhas… então por que a gente não usa ele pra virar as galinhas contra os caras maus?


Valquíria olhou para ele como se ele tivesse sugerido invadir a Casa Branca de pijama.


— Isso… é a coisa mais genial ou mais idiota que eu já ouvi.


Capítulo 5: O Ataque das Galinhas (ou o Dia em que a Natureza Se Vingou)


Com o frango em mãos, Zé e Valquíria invadiram o laboratório secreto (usando uma entrega de pães como disfarce, porque é claro que Zé faria isso). No momento em que os agentes os cercaram, Zé apertou o frango e…


…nada aconteceu.


— Sério?! — gritou Zé, sacudindo o frango.


Foi então que um barulho ensurdecedor ecoou do lado de fora. Galinhas. Centenas delas. Talvez milhares. Todas com um brilho de fúria nos olhos.


— CORRAM! — alguém gritou.


O que se seguiu foi o mais épico (e ridículo) ataque de aves da história. Galinhas bicando agentes, ciscando em cima de documentos secretos, botando ovos em cima de computadores caríssimos. Era o caos. Era lindo.


No meio da confusão, Zé e Valquíria conseguiram destruir o dispositivo que amplificava o poder do frango, fazendo com que as galinhas voltassem ao normal.


Epílogo: O Retorno à Vida Normal (ou Quase)


Com a organização secreta destruída e o frango agora inofensivo, Zé voltou para sua padaria. Valquíria desapareceu sem deixar rastro (mas não antes de dar um beijo nele, porque todo herói merece um final romântico, mesmo que seja um herói acidental).


E assim, Zé do Pão retomou sua vida comum, exceto por um pequeno detalhe: agora, toda vez que ele queimava um pão, uma galinha aparecia do nada e bicava seu pé.


— Eu devia ter virado entregador de pizza — suspirou ele, enquanto mais uma torrada carbonizada saía do forno.


FIM.


(Ou será que não? Cuidado com os patos…)

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