A Sombra da Montanha: Mistério
A densa floresta que cercava a Montanha do Silêncio era envolta em lendas e segredos. Diziam que aqueles que tentavam escalá-la nunca voltavam. Para Isabel, no entanto, essas histórias eram apenas relatos exagerados de moradores supersticiosos. Como exploradora e historiadora amadora, ela via a montanha como um desafio a ser vencido e um mistério a ser desvendado.
Com sua mochila equipada com mantimentos, cordas e um velho mapa encontrado nos arquivos da biblioteca local, Isabel partiu antes do amanhecer. A subida começou tranquila, com o sol tingindo o céu de tons dourados e o vento sussurrando entre as folhas. Porém, conforme avançava, a vegetação se tornava mais densa e a trilha menos visível. O ar parecia carregado, como se a própria montanha estivesse observando.
Ao alcançar um platô estreito, Isabel encontrou algo inesperado: uma estrutura de pedra antiga, coberta por musgo e trepadeiras. Parecia um altar, com inscrições entalhadas na superfície. Ela retirou seu caderno de anotações e começou a copiar os símbolos, sentindo um calafrio percorrer sua espinha. Algo naquela escrita lhe parecia estranhamente familiar.
Antes que pudesse decifrar os significados, um estrondo ecoou pela montanha. O chão sob seus pés tremeu, e ela se segurou na pedra mais próxima. A selva ao redor pareceu se agitar em resposta. Foi então que Isabel percebeu que não estava sozinha. Sombras se moviam entre as árvores, observando-a silenciosamente.
Respirando fundo, ela pegou sua lanterna e apontou na direção das figuras. O facho de luz revelou pessoas com vestes rústicas, seus olhos brilhando sob o reflexo. Não eram fantasmas ou criaturas sobrenaturais, mas habitantes ocultos da montanha. Um deles, um ancião de pele curtida pelo tempo, deu um passo à frente e falou em um idioma arcaico.
Com dificuldade, Isabel compreendeu parte do que ele dizia. Ele a chamava de "herdeira do passado" e alertava sobre um segredo que deveria permanecer enterrado. Determinada a saber mais, ela mostrou seu caderno com as inscrições, e o ancião suspirou, como se estivesse diante de um destino inevitável.
Aquela montanha guardava uma verdade antiga, um poder esquecido que poderia mudar o curso da cidade abaixo. Mas para acessar esse conhecimento, Isabel precisaria passar por três provações. Cada desafio testaria sua coragem, sua inteligência e seu coração.
E assim, com a lua iluminando o céu noturno, ela se preparou para enfrentar o que quer que estivesse escondido na escuridão da montanha. ...as anotações dos símbolos entalhados. O ancião franziu a testa, avaliando os escritos com seriedade. O que Isabel acabara de descobrir poderia mudar o destino de sua cidade—ou condená-la para sempre.
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