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Caminho dos Condenados
Capítulo 1: O Encontro na Estrada
Era uma noite sem lua quando Alice e Lucas dirigiam por uma estrada deserta, rodeada por florestas sombrias. Havia algo de inquietante no ar, e o vento parecia sussurrar segredos que apenas os espíritos podiam ouvir. Eles haviam se perdido durante uma viagem, e o GPS falhou, deixando-os à mercê de um caminho que não conheciam.
“Talvez devêssemos voltar,” sugeriu Lucas, com a voz trêmula. “Essa estrada parece estranha.”
“Não vamos voltar agora,” respondeu Alice, determinada. “Vamos encontrar um lugar para passar a noite.”
Foi quando avistaram uma estrutura à distância: um hotel antigo, iluminado apenas pela luz fraca de um lampião quebrado. O edifício tinha uma aparência imponente, mas as janelas quebradas e a fachada desgastada mostravam que não era um lugar acolhedor.
Capítulo 2: O Hotel dos Perdidos
Ao entrar, o ar estava carregado de umidade e o cheiro de mofo era quase insuportável. O lobby estava vazio, exceto por um antigo balcão de recepção, onde um homem idoso, com olhos vazios, os observava. “Bem-vindos ao Hotel Mirage. Que maravilha que vocês vieram nos visitar.”
“Precisamos de um quarto,” disse Alice, tentando ignorar a sensação de desconforto.
“Temos quartos disponíveis, mas os preços podem ser… incomuns,” respondeu o homem, com um sorriso inquietante. “Aqui, o que você traz é mais importante do que o que você paga.”
Sem opções, Alice e Lucas concordaram, entregando os poucos dólares que tinham. O velho entregou uma chave enferrujada e indicou o caminho para o quarto. A escada rangia sob seus pés enquanto subiam, e cada passo parecia ecoar em um espaço infinito.
Capítulo 3: As Primeiras Visões
No quarto, as paredes eram adornadas com fotos antigas de hóspedes que pareciam estar em transe. Alice sentiu um arrepio ao olhar para os rostos, como se as almas dessas pessoas a observassem. “Algo não está certo aqui,” ela disse, mas Lucas a tranquilizou.
“É só um hotel antigo. Vamos descansar, e amanhã veremos como sair daqui.”
À noite, quando a escuridão envolveu o hotel, Alice acordou com um sussurro. Ela se levantou, guiada por uma força estranha. Ao sair do quarto, seguiu o som até um corredor iluminado por uma luz fraca.
Lá, ela encontrou uma mulher pálida, com um vestido sujo e cabelos desgrenhados. “Você não deveria estar aqui,” ela murmurou. “Este lugar não é o que parece. Estamos presos.”
Antes que Alice pudesse perguntar mais, a mulher desapareceu em uma névoa sombria. Assustada, ela voltou para o quarto e acordou Lucas, contando sobre o que viu.
Capítulo 4: A Verdade do Hotel
No dia seguinte, enquanto tentavam descobrir uma saída, encontraram outros hóspedes que pareciam desorientados, perdidos em seus próprios pesadelos. Um homem, David, explicou: “Esse hotel existe em várias realidades. Aqui, você não apenas perde o caminho, mas também a si mesmo.”
“Como assim?” perguntou Alice, confusa.
“Cada escolha que você fez em sua vida pode te trazer aqui. Todos nós estamos presos em um ciclo eterno de medo. O hotel se alimenta disso,” respondeu David, os olhos arregalados de pavor.
Capítulo 5: O Labirinto de Realidades
Alice e Lucas decidiram que precisavam escapar antes que fosse tarde demais. Eles começaram a explorar o hotel, que parecia se expandir a cada passo. O ambiente mudava, e portas levavam a quartos com cenários assustadores: sombras dançavam nas paredes, ecos de gritos e sussurros ecoavam por todos os lados.
Enquanto caminhavam, encontraram uma biblioteca repleta de livros antigos. Em um deles, descobriram relatos de pessoas que haviam desaparecido no hotel ao longo dos anos. Cada história contava sobre suas fraquezas, medos e arrependimentos, mostrando como cada um foi atraído pela ilusão do hotel.
Capítulo 6: O Ciclo do Medo
Alice sentiu a pressão do lugar crescendo. “Precisamos enfrentar nossos medos e encontrar a verdade sobre este lugar,” disse ela. “Não podemos deixar que nos prenda aqui.”
Lucas hesitou, mas finalmente concordou. Eles decidiram visitar o salão de eventos, onde o velho gerente os aguardava. “Vocês estão prontos para entender o que realmente acontece aqui?” ele perguntou, com um sorriso cruel.
“Queremos sair!” gritou Lucas.
“Mas para sair, vocês precisam enfrentar o que temem mais,” disse o gerente, gesticulando para uma porta coberta de poeira. “Atrás dela, está o seu maior medo. Se conseguirem superá-lo, talvez encontrem a saída.”
Capítulo 7: Enfrentando os Medos
Alice e Lucas trocaram olhares nervosos, mas a determinação tomou conta. Eles abriram a porta e entraram em uma sala escura, onde se depararam com visões de seus piores pesadelos. Para Alice, era a imagem de sua família desaparecendo, uma sombra levando cada um deles. Para Lucas, eram os momentos em que ele se sentia impotente e incapaz de proteger aqueles que amava.
“Você não pode mudar o passado!” sussurrou uma voz nas sombras. “Você é apenas uma espectadora de sua própria vida.”
“Não!” gritou Alice, enfrentando a escuridão. “Eu não sou uma espectadora. Eu sou a protagonista da minha história!”
Com isso, ela se concentrou, buscando a luz dentro de si. Lucas seguiu seu exemplo, recusando-se a se deixar dominar pelo medo. Juntos, eles gritaram, transformando o medo em força, e a sala começou a tremer.
Capítulo 8: O Colapso do Hotel
Quando o chão começou a rachar, o hotel inteiro se agitou, como se estivesse se despedaçando. O velho gerente apareceu, desesperado. “Não! Vocês não podem fazer isso! Este lugar precisa de vocês!”
“Não mais!” disseram em uníssono, e com um último grito, eles se libertaram das correntes do hotel.
As paredes começaram a se desfazer, e uma luz intensa irrompeu do centro do hotel, envolvendo Alice e Lucas. Eles foram sugados por uma força poderosa, deixando para trás o pesadelo.
Capítulo 9: O Novo Amanhã
Alice e Lucas acordaram deitados em uma estrada iluminada pelo sol, longe do hotel. O ar estava fresco, e as árvores ao redor pareciam vibrar com vida. O hotel, junto com os pesadelos, havia desaparecido.
“Conseguimos,” disse Lucas, ainda atordoado.
“Sim, mas não podemos esquecer o que vivemos,” respondeu Alice. “Devemos contar a história para que outros não caiam na mesma armadilha.”
Capítulo 10: O Legado dos Condenados
Com o passar dos dias, Alice e Lucas se tornaram defensores da memória das almas que haviam encontrado no hotel. Eles escreveram sobre suas experiências, espalhando a mensagem sobre o poder do medo e da superação.
O hotel, uma vez uma armadilha, se tornara um símbolo de esperança. E, embora as estradas ainda pudessem levar a lugares sombrios, Alice e Lucas sabiam que, juntos, poderiam enfrentar qualquer desafio que a vida apresentasse.
Epílogo: O Eco do Passado
Anos depois, enquanto viajavam por uma nova estrada, Alice olhou pela janela e avistou uma construção abandonada ao longe. O coração disparou, e um frio na espinha a envolveu. “Lucas, olhe…”
Mas antes que pudesse terminar, Lucas segurou sua mão, confiando na força que tinham construído juntos. “Vamos em frente. Não precisamos voltar ao passado.”
E assim, com coragem e amor, continuaram sua jornada, prontos para enfrentar o que quer que o futuro reservasse.
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